Este ano o "verão de S. Martinho" esteve um pouco incerto, por isso combinámos comemorar este dia na sala CAF, não fosse a chuva aparecer.
As castanhas foram assadas nos nossos vizinhos (Lar Nossa Senhora da Saúde) e estavam bem quentinhas. Havia pão com manteiga e com a marmelada que fizemos. Também havia sumos, gomas e pipocas porque era dia de festa.
Convidámos os nossos familiares para se juntarem a nós neste convívio de S. Martinho.
Preparámos duas canções para eles e depois pedimos-lhes para cantarem connosco.
Se quiser ver mais e ouvir as canções, carregue aqui:
Canções das castanhas
Jardim de Infância da Afeiteira
Oh, estou encantada com este magusto. Vocês cantam tão mas tão bem que até me está a apetecer ir para a vossa escola viver. E eu não conhecia a canção das castanhas. Acham que se eu levantar as asinhas a fazer os gestos das castanhas, fico parecida com as mães, os pais e os avós? É pá, gostei tanto do vosso magusto!
ResponderEliminarE a mãe Cláudia (é, é, viva! Ouvi a professora a dizer o nome dela:)) toca lindamente o acordeon.
Parabéns a todos. ARRASARAM!
BOM ANO PARA TODA A GENTE!!!
ResponderEliminarDeixo aqui para os meninos todos de todos os jardins de infância um poema que achei e penso que podem gostar:))
AS FADAS
As fadas... eu creio n'ellas!
Umas são moças e bellas,
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras, á beira do mar...
Algumas em fonte fria
Escondem-se, emquanto é dia,
Sáem só ao escurecer...
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder...
O vestir... são taes riquezas,
Que rainhas, nem princezas
Nenhuma assim se vestiu!
Porque as riquezas das fadas
São sabidas, celebradas
Por toda a gente que as viu...
Quando a noite é clara e amena
E a lua vae mais serena,
Qualquer as póde espreitar,
Fazendo roda, occupadas
Em dobar suas meadas
De ouro e de prata, ao luar.
O luar é os seus amores!
Sentadinhas entre as flores
Horas se ficam sem fim,
Cantando suas cantigas,
Fiando suas estrigas,
Em roca de oiro e marfim.
Eu sei os nomes d'algumas:
Viviana ama as espumas
Das ondas nos areaes,
Vive junto ao mar, sósinha,
Mas costuma ser madrinha
Nos baptisados reaes.
Morgana é muito enganosa;
Ás vezes, moça e formosa,
E outras, velha, a rir, a rir...
Ora festiva, ora grave,
E vôa como uma ave,
Se a gente lhe quer bulir.
Que direi de Melusina?
De Titania, a pequenina,
Que dorme sobre um jasmim?
De cem outras, cuja gloria
Enche as paginas da historia
Dos reinos de el-rei Merlin?
Umas tem mando nos áres;
Outras, na terra, nos mares;
E todas trazem na mão
Aquella vara famosa,
A vara maravilhosa,
A varinha do condão.
O que ellas querem, n'um pronto,
Fez-se alli! parece um conto...
Mesmo de fadas... eu sei!
São condões que dão á gente,
Ou dinheiro reluzente
Ou joias, que nem um rei!
A mais pobre creancinha
Se quiz ser sua madrinha,
Uma fada... ai, que feliz!
São palacios, n'um momento...
Belleza, que é um portento...
Riqueza, que nem se diz...
Ou então, prendas, talento,
Sciencia, discernimento,
Graças, chiste, discrição...
Vê-se o pobre innocentinho
Feito um sabio, um adivinho,
Que aos mais sabios vae á mão!
Mas, com tudo isto, as fadas
São muito desconfiadas;
Quem as vê não hade rir.
Querem ellas que as respeitem,
E não gostam que as espreitem,
Nem se lhes hade mentir.
Quem as offende... Cautela!
A mais risonha, a mais bella,
Torna-se logo tão má,
Tão cruel, tão vingativa!
É inimiga aggressiva,
É serpente que alli está!
E têm vinganças terriveis!
Semeiam cousas horriveis,
Que nascem logo no chão...
Linguas de fogo que estalam!
Sapos com azas, que falam!
Um anão preto! um dragão!
Ou deitam sortes na gente...
O nariz faz-se serpente,
A dar pulos, a crescer...
É-se morcego ou veado...
E anda-se assim encantado,
Emquanto a fada quizer!
Por isso quem por estradas
Fôr, de noite, e vir as fadas
Nos altos mirando o céo,
Deve com geito falar-lhes
Muito cortez e tirar-lhes
Até ao chão o chapéo.
Porque a fortuna da gente
Está ás vezes sómente
N'uma palavra que diz;
Por uma palavra, engraça
Uma fada com quem passa,
E torna-o logo feliz.
Quantas vezes, já deitado,
Mas sem somno, inda acordado,
Me ponho a considerar
Que condão eu pediria,
Se uma fada, um bello dia,
Me quizesse a mim fadar...
O que seria? um thesouro?
Um reino? um vestido de ouro?
Ou um leito de marfim?
Ou um palacio encantado,
Com seu lago prateado
E com pavões no jardim?
Ou podia, se eu quizesse,
Pedir tambem que me désse
Um condão, para falar
A lingua dos passarinhos,
Que conversam nos seus ninhos...
Ou então, saber voar!
Oh, se esta noite, sonhando,
Alguma fada, engraçando
Commigo (podia ser!)
Me tocasse da varinha,
E fosse minha madrinha
Mesmo a dormir, sem a vêr...
E que ámanhã acordasse
E me achasse... eu sei? me achasse
Feito um principe, um emir!...
Até já, imaginando,
Se estão meus olhos fechando...
Deixa-me já, já dormir!
Antero de Quental
(retirado de http://oplanetaquetemos.blogspot.pt/2011/11/as-fadas-antero-de-quental.html
Foi com um enorme prazer que colaborei mais uma vez com o Jardim de Infância da Afeiteira. Obrigada pelo convite. ADOREI.
ResponderEliminarOs nossos meninos portaram-se muito bem.
Obrigada a "Um Passarinho que comeu das Sementes" pelo seu comentário. ;)
Desejo a todos um bom ano de 2015, com tudo de bom e muitas aprendizagens.